Descrição
Romance de Ave Barrera
Traduzido por Marina Waquil
Coordenação editorial: Laura Del Rey
Coedição: Aline Caixeta Rodrigues
Capa e projeto gráfico: Angela Mendes e Laura Del Rey
Tratamento de imagens: Angela Mendes
Ilustrações do logo, assist. de design e diagramação: Fernando Zanardo
Fotografia [detalhe da Catedral de Guadalajara]: escaneada do livro “Mexico: its ancient and modern civilisation…” (T. Fisher Unwin), C. Reginald Enock
Preparação de textos: Karina Aimi e Tamara Sender
Revisão: Ana Maria Barbosa
Assistência editorial: Fernanda Heitzman
Agradecimentos: Carla Piazzi, Gabriela Aguerre, Ruth Simão Paulino, Víctor Hurtado Rodríguez e Wagner Gutierrez Barrera
224 páginas | ISBN 978-65-88104-30-9 | janeiro de 2025
Sobre a autora
AVE BARRERA (Guadalajara, México) é escritora e editora. Tem contos e ensaios publicados em diversas antologias e mídias eletrônicas. Seu primeiro romance, Puertas demasiado pequeñas (Alianza, 2016), recebeu o prêmio Sergio Galindo e foi traduzido para o inglês como The forgery (Charco Press, 2022). Em 2023, Barrera obteve uma bolsa da Fundação Kislak para realizar uma residência de escrita na Universidade da Flórida, na cidade de Gainesville.
Restauración (Paraíso Perdido, 2019) é o terceiro romance da autora. A obra, vencedora do prêmio Lipp em 2018, foi publicada na Espanha pela editora Contraseña alguns anos mais tarde. Notas desde el interior de la ballena (Lumen, 2024) é o trabalho mais recente de Barrera, que atualmente vive na Cidade do México.
Sobre a coleção
A coleção CAPITAIS & CAFUNDÓS trabalha com expedições literárias. As rotas são constantemente recalculadas, não há centro. O mapa que temos a bordo nos foi dado por aves migratórias, para quem as fronteiras não existem.
Metrópoles, vilarejos esquecidos, florestas, desertos, sertões, campos ermos, mundos imaginários sólidos ou esfacelados: os destinos são obras cujo território extrapola o pano de fundo, participando como organismo vivo, tão complexo quanto seus personagens.
A tradição flâneur ressurge aqui com outros temperos; da América Latina e do Caribe, certamente, mas não só. Vasculharemos sem receio, talvez com alguma imprudência, curvas improváveis, dobras geológicas, nascentes ainda no subterrâneo – quem sabe uma história insuspeita não esteja ali?
Para quem gosta de horizontes largos, temos assento à janela. Aos que usufruem dos detalhes, reservamos lugares no corredor, onde a história se monta por fragmentos e conversas à meia-voz. De todo modo, não prometemos conforto.
No fim das contas, as fronteiras existem – tudo existe depois de ser criado –, mas suas linhas não inibem o movimento do desejo e da necessidade. Somos migrantes. Reescrevemos. Não nos acomodamos, pois, o mais importante: não sabemos quem somos. E no lugar de um espelho, nos interessa a vista, os voos erráticos que tentam escapar da força dos ventos dominantes.