Rita Indiana cresceu em uma família de pessoas célebres, entre poetas, músicos, jornalistas e políticos. Nascida em Santo Domingo, capital da República Dominicana, a artista começou sua carreira publicando poesia na revista Vetas, mas logo adentrou o campo da narrativa com o lançamento do livro Rumiantes, uma coletânea de contos com leituras pós-modernas sobre o cotidiano.
Em seus romances – La estrategia de Chochueca (2000), Papi (2011), Nombres y animales (2013), La mucama de Omicunlé (2015) e Hecho en Saturno (2018) – podemos notar que a criação literária é fortemente nutrida pela coloquialidade da língua dominicana. Em 2017, toda a produção de textos curtos publicados pela autora entre os anos de 1998 e 2003 foi compilada pela editora Cielonaranja no livro Cuentos y poemas.
Além de se dedicar à escrita, Rita Indiana se propôs também a explorar a música popular dominicana, reinventando o merengue por meio de suas composições e das performances de seu grupo, Los Misterios, cujas letras abordam assuntos variados que perpassam temas de interesse social e heterodoxia sexual. Algumas de suas canções já foram recriadas por importantes intérpretes; e em 2011, o jornal espanhol El País a declarou uma das 100 personalidades mais influentes do mundo latino-americano.
O texto selecionado para a Puñado é o primeiro capítulo do livro Nombres y animales.
