Descrição
Romance de Rodrigo Blanco Calderón
Traduzido por Raquel Dommarco Pedrão
Coordenação editorial: Laura Del Rey
Capa e projeto gráfico: Angela Mendes e Laura Del Rey
Mapa topográfico: Nasa | fevereiro de 1969, a partir de fotografias de uma cratera lunar
Tratamento de imagens e diagramação: Angela Mendes
Assist. de design, ilustrações e design para redes sociais: Fernando Zanardo
Preparação de texto: Aline Caixeta e Laura Del Rey
Revisão: Ana Maria Barbosa
Assistência editorial: Fernanda Heitzman
Agradecimentos: Gabriela Aguerre, Laura Palomares, Ruth Simão Paulino, Wagner Gutierrez Barreira
Catalogação: Ruth Simão Paulino
ISBN: 978-65-88104-29-3 | 240 páginas | 2024
Sobre o autor
RODRIGO BLANCO CALDERÓN (Caracas, 1981) é um narrador venezuelano. Em 2007, Calderón foi selecionado pelo Hay Festival para compor a primeira edição do projeto Bogotá 39. Ao longo dos anos, recebeu diversos reconhecimentos por seus contos – recentemente, foi contemplado com o Prêmio O. Henry (2023), concedido pela tradução para o inglês de “Os loucos de Paris”. Seu primeiro romance, The night (Alfaguara, 2016), venceu o Prêmio Paris Rive Gauche (2016), o Prêmio da Crítica na Venezuela (2018) e a III Bienal de Novelas Mario Vargas Llosa (2019). Simpatía (Alfaguara, 2021) é seu segundo romance e foi incluído na longlist do Booker Prize International 2024. A obra está sendo traduzida para diversos idiomas. Atualmente, Rodrigo vive em Málaga, na Espanha.
Sobre a coleção
A coleção CAPITAIS & CAFUNDÓS trabalha com expedições literárias. As rotas são constantemente recalculadas, não há centro. O mapa que temos a bordo nos foi dado por aves migratórias, para quem as fronteiras não existem.
Metrópoles, vilarejos esquecidos, florestas, desertos, sertões, campos ermos, mundos imaginários sólidos ou esfacelados: os destinos são obras cujo território extrapola o pano de fundo, participando como organismo vivo, tão complexo quanto seus personagens.
A tradição flâneur ressurge aqui com outros temperos; da América Latina e do Caribe, certamente, mas não só. Vasculharemos sem receio, talvez com alguma imprudência, curvas improváveis, dobras geológicas, nascentes ainda no subterrâneo – quem sabe uma história insuspeita não esteja ali?
Para quem gosta de horizontes largos, temos assento à janela. Aos que usufruem dos detalhes, reservamos lugares no corredor, onde a história se monta por fragmentos e conversas à meia-voz. De todo modo, não prometemos conforto.
No fim das contas, as fronteiras existem – tudo existe depois de ser criado –, mas suas linhas não inibem o movimento do desejo e da necessidade. Somos migrantes. Reescrevemos. Não nos acomodamos, pois, o mais importante: não sabemos quem somos. E no lugar de um espelho, nos interessa a vista, os voos erráticos que tentam escapar da força dos ventos dominantes.