Alia Trabucco Zerán nasceu em 1983, em Santiago. A escritora, que também atua como editora, é considerada, em sua terra natal, uma das maiores representantes da chamada “literatura dos filhos”: uma corrente de narrativas cujos personagens centrais são crianças e adolescentes que vivem sob a violência das ditaduras latino-americanas.

Formada em Direito pela Universidade do Chile, onde dirigiu a revista Talión por quatro anos, a autora trabalhou em várias pesquisas sobre direitos humanos, diversidade sexual e feminismo. Em 2010, obteve a bolsa Fullbright para fazer um mestrado em Escrita Criativa na Universidade de Nova Iorque; e, mais tarde, recebeu uma bolsa do governo chileno para realizar um doutorado em Literatura latino-americana na University College London.

Seu romance de estreia, La resta (Tajamar, 2015), ganhou o prêmio chileno de Melhor Obra Literária (MOL), concedido pelo Conselho Nacional do Livro e da Leitura, na categoria inéditos; além de ter sido eleito pelo El País como um dos dez melhores romances de estreia daquele ano. Em 2019, La resta chegou à lista de finalistas do prêmio The International Booker, para o qual nenhum autor chileno havia sido nomeado anteriormente.

Sua publicação mais recente é o livro Las homicidas (Lumen, 2019), que trata de casos emblemáticos de mulheres assassinas.