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Cavaleiro Macunaíma

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Cavaleiro Macunaíma é um livro-sanfonado inspirado na canção homônima do multiartista João Bá. Repleto de imagens brasileiríssimas, em ilustrações que homenageiam visualmente a composição original, o livro acresce aos versos de Bá as imagens de Caio Zero, numa criação narrativa que contempla música, sonho, sertão e o ato de contar histórias à fogueira, símbolo tão caro à tradição do nosso cancioneiro popular.

Caso prefira a versão e-book, você pode encontrá-la em diversas lojas e aplicativos, como Amazon/Kindle, GoogleWook, Kobo e Disal.


Eu vi um anjo todo encourado e barroco
Feito cavaleiro louco em um cavalo prateado…

Palavras de arrepiar, e isso é apenas o começo. Os versos inauguram a aventura narrada por João Bá em Cavaleiro Macunaíma. Passando pelo rio São Francisco e pelo Araguaia, ele cavalga as palavras em direção à Chapada Diamantina. A canção, como é comum na obra do compositor, é repleta de imagens brasileiríssimas — aqui, evidentemente, está em destaque o Macunaíma de Mário de Andrade, o amálgama da formação brasileira. A canção de Bá faz um convite a trilhar essa geografia fantástica e, como consequência, a nos perdermos pelos caminhos da imaginação. O artista Caio Zero atendeu ao chamado e o resultado é este Cavaleiro Macunaíma ilustrado.

Se Caio reimaginou visualmente a canção de João Bá em uma narrativa gráfica, antes dele o próprio Bá exerceu a arte da tradução das coisas que via, ouvia e sentia em um idioma próprio — no caso, o do verso e da música. Bá, cujo sobrenome-pseudônimo foi gestado ainda na infância, quando perguntado sobre qual seria seu nome artístico (segundo o próprio, podia ser um diminutivo do Batista de nascença, de “baiano” ou de “baixinho”), soube como poucos cantar o Brasil — um país mais bonito e mais gentil, em que o folclore e a sabedoria popular predominam. Um lugar algo mágico, em que o misticismo inerente à natureza sempre se sobressai.

Dentre uma obra pródiga em histórias, Caio escolheu adaptar as andanças desse cavaleiro Macunaíma, que perpassa a Chapada Diamantina como quem casualmente descobre um trajeto secreto. Se no breve tempo de uma canção vemos o mundo com os olhos do compositor, neste livro o olhar se expande e absorve também as impressões colhidas por Caio. O resultado é arrebatador.

Este pequeno livro, que chega em uma cuidadosa edição sanfonada da Incompleta, é também um lembrete de um tempo melhor, de esperanças e de belezas. Um tempo que há de voltar, porque nunca foi de todo embora. Viva João Bá, viva o cavaleiro Macunaíma.

~ Alessandro Andreola, setembro de 2022

Em estoque

capa em serigrafia | miolo: 14 páginas
ISBN impresso: 978-65-88104-15-6 | ISBN layout fixo: 978-65-88104-22-4 | ISBN mobipocket: 978-65-88104-24-8

Edição e projeto gráfico: Laura Del Rey e Fernanda Heitzman
Faca especial: Fernando Zanardo
Catalogação: Ruth Simão Paulino
Agradecimentos: Aline Caixeta Rodrigues, Danilo Marques Oliveira e Nanah Correia


Sobre João Bá

João Bá foi o artista popular por excelência. Cronista agudo, ele se definia como um “compositor orgânico” e trazia em sua poesia o jeito simples de louvar a terra e a vida. Nascido em Crisópolis/BA em 1932, atuou como compositor, cantor, poeta, ator e pesquisador da cultura popular brasileira, da qual respeitava a história e a memória.

Além disso, foi discípulo de Luiz Gonzaga, que o incentivou a seguir na carreira artística; e quando o Rei do baião morreu, Bá foi convidado pela gravadora do artista para ser seu substituto — até mesmo o figurino de Gonzagão foi reservado para vesti-lo —, mas recusou respeitosamente. Ele era, afinal, dono de sua própria história. 

Em 1966, na primeira edição do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, sua música “Madeira Encarnada” sofreu a censura da ditadura militar — mas, nos bastidores, correu à boca pequena que aquela seria a melhor canção do evento. Em 1979, Bá foi destaque no Festival 79 da TV TUPI, com a música “Facho de Fogo”. No final de 1982, escreveu o cordel Natal na Cultura Popular, que se tornou referência para estudiosos da área, e foi indicado pelo MEC na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em 1985 apresentou o programa Casa dos Cantores na TV Cultura, onde foi o responsável por lançar um ainda jovem tímido Almir Sater. Continuou lançando discos até 2014, sempre de forma independente, o que lhe garantiu liberdade para decidir sobre suas produções. Quase todos seus álbuns tiveram projeto gráfico assinado pelo artista plástico Elifas Andreato, de quem era amigo próximo. João Bá morreu em 2019, aos 87 anos.


Sobre Caio Zero

Cavaleiro Macunaíma é o quarto livro de Caio Zero (1996, Rio de Janeiro) e o segundo publicado pela Editora Incompleta – seus trabalhos anteriores, Antologia I e II, e 25 Páginas, foram lançados de forma independente. Caio é artista-educador e quadrinista, graduado em Licenciatura em Belas Artes pela UFRRJ. Suas obras têm grande influência do cotidiano periférico, do rap e de suas relações sociais e vivências como homem negro. Os elementos que o atravessam diariamente estimulam reflexões e imagens que tomam a forma de histórias. Participou como expositor da XIX Bienal do Livro Rio, do LER Salão Carioca e da FLIB. Trabalhou como layoutista no curta-metragem animado Nana e Nilo – Cidade Verde. Atualmente, Caio publica quadrinhos com o selo Subúrbio Zero e na revista XPTO, pelo Instagram. O primeiro livro do autor publicado pela Editora Incompleta foi o quadrinho Rumi, em 2021.


Nossas redes

@editoraincompleta ~ @caiozero


 

Peso60 g
Dimensões16 × 0.3 × 16 cm
Páginas

14

Tiragem

700

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