_Diamela
Eltit

    A escritora, ensaísta e professora Diamela Eltit (1949) foi uma das principais vozes da resistência ao regime de Pinochet no Chile, sendo cofundadora do “Colectivo de Acciones de Arte” (CADA) em 1979, que questionava as práticas da ditadura através da arte.

    Suas primeiras publicações foram o livro de ensaios Una milla de cruces sobre el pavimento (1980) e o romance Lumpérica (1983) – este, listado pela revista colombiana Semana, em 2007, entre as cem obras mais importantes publicadas em castelhano nos últimos 25 anos, juntamente com outros dois trabalhos da autora: El cuarto mundo (1988) e Los vigilantes (1994).

    No ano acadêmico de 2014-2015, Eltit foi nomeada para a Cátedra Simón Bolívar no Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Cambridge. Recebeu os prêmios “José Nuez Martin”, em 1995; o “Prêmio Iberoamericano de Letras José Donoso”, em 2010; o “Prêmio Altazor”, em 2014; e o “Prêmio Municipal de Literatura de Santiago”, em 2017, entre outros.

    A obra de Diamela é estudada no mundo inteiro e já foi traduzida para diversos idiomas. No Brasil, dois de seus livros foram publicados, ambos em 2017: Jamais o fogo nunca (Relicário Edições) e A máquina de Pinochet e Outros Ensaios (editora e-galáxia).

    Para esta edição da Puñado, a escritora nos autorizou a traduzir e publicar o trecho inicial do livro O infarto da alma, lançado em 1994 em uma parceria com a fotógrafa Paz Errázuriz.

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